domingo, 16 de novembro de 2008

Satiagraha: No Brasil é o rabo que corre atrás do cachorro

VERGONHA NACIONAL

De O Estado de S. Paulo:

Numa inversão de papel, o juiz Fausto Martin De Sanctis será alvo de uma dupla ofensiva no Judiciário. Pressionado pela defesa do banqueiro Daniel Dantas, o Tribunal Regional Federal (TRF-3) deve retomar amanhã o julgamento sobre pedido de suspeição do juiz na condução da Operação Satiagraha. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também julgará processo administrativo contra o magistrado.
O afastamento de De Sancts foi requerido pela defesa de Dantas, réu por crime de corrupção ativa em ação penal sob responsabilidade do juiz. A defesa alega que o juiz é parcial.
A primeira manifestação, da desembargadora Ramza Tartuce, presidente da 5ª Turma do TRF, foi favorável a Sanctis. Amanhã, o desembargador Otávio Peixoto Júnior vai apresentar seu voto. Depois será a vez do desembargador André Nekatschalow dar seu voto.
Terça-feira, o CNJ, presidido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá se pronunciar sobre reclamação feita em setembro pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), depois da revelação que De Sanctis havia repassado a policiais federais senhas que dão acesso irrestrito a cadastros e históricos de ligações telefônicas. O corregedor do CNJ, Gilson Dipp, arquivou a ação, mas o parlamentar recorreu.
De Sanctis virou personagem para a cúpula do Judiciário por sua conduta. Na votação que confirmou o habeas-corpus de Dantas, há dez dias, o ministro Celso de Mello afirmou que De Sanctis - que atua na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, onde o inquérito da Operação Satiagraha tramitou - cometeu um ato insolente, insólito e ilícito ao não prestar informações ao Supremo sobre as investigações contra Dantas. "Esta Corte não pode tolerar abusos", afirmou.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Brasil 2: Dantas livre como passarinho, juiz De Sanctis censurado pelo STF

Deu no Blog do Noblat:

Juiz De Sanctis foi "autoritário e insubordinado", dizem ministros do STF

Com duras críticas ao juiz Fausto de Sanctis, o Supremo Tribunal Federal manteve ontem o habeas corpus que libertou o banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Os ministros acusaram o titular da 6 Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo de desrespeitar o tribunal por ter determinado a prisão preventiva de Dantas poucas horas após ele ter sido solto por ordem do presidente do STF, Gilmar Mendes.
Os ministros ainda chamaram De Sanctis de autoritário, insubordinado e insolente. O relator do processo, ministro Eros Grau, afirmou que os magistrados não podem atuar como bandidos.
- Contra bandidos, o Estado e seus agentes atuam como se bandidos fossem, à margem da lei. Juízes que arrogam a si a responsabilidade por operações policiais transformam a Constituição em um punhado de palavras bonitas rabiscadas num pedaço de papel sem utilidade prática - afirmou.

Brasil: quem caça corrupto, acaba sendo caçado. A Vingança contra o delegado Protógenes.

Deu no jornal O Povo:
Foi o dia da caça, parece. Três endereços do delegado Protógenes Queiroz, um em Brasília, outro em São Paulo e um terceiro no Rio de Janeiro, foram alvo, na manhã de hoje, de uma operação de agentes da Polícia Federal.Ele mesmo, o celebrado comandante da operação Sathiagara, que levou à prisão o poderoso banqueiro Daniel Dantas.
Protógenes se diz arrasado com a ação dos colegas e manifesta especial tristeza com a ação no Rio, onde o apartamento invadido pela PF é ocupado por um filho dele, de 21 anos.Os agentes, que levaram documentos e computadores dos endereços do delegado, pertencem à corregedoria da Polícia Federal e investigam vazamento de informações na Sathiagara. O pedido de mandados de busca e apreensão, que não teve apoio do Ministério Público, foi aceito pelo juiz federal Ali Mazloum.
Há, certamente, quem esteja sentindo-se vingado pelo sufoco enfrentado pelo delegado Protógenes Queiroz. E, certamente, há quem considere o evento de hoje mais uma demonstração de que ele cometeu um grande erro ao contrariar interesses de gente do porte de Daniel Dantas com sua investigação.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fausto De Sanctis avisa que vai tomar providências contra os que tentaram atingir sua honra

O juiz Fausto De Sanctis voltou a falar, sem dar nomes, que vai aguardar o fim das investigações sobre grampos para tomar as "providências necessárias", inclusive na Justiça, "contra os que tentaram atingir" a sua honra.
A desembargadora Suzana Camargo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, arrastou Sanctis para o meio do furacão ao dizer que ouvira dele que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, estava sendo monitorado.
Em entrevista à revista Época, o juiz De Sanctis disse que foi pressionado pela desembargadora Suzana Camargo para voltar atrás no pedido de prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas, nos dias que se seguiram à deflagração da operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Advogado de Daniel Dantas quer destruir relatórios da Polícia Federal

Deu na Folha de S. Paulo:
O advogado do banqueiro Daniel Dantas em Nova York, Philip Korologos, enviou uma carta à secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, para pedir “qualquer ajuda que o Departamento de Estado possa oferecer” para tentar “destruir todos os relatórios existentes, arquivos ou outros documentos criados pela Polícia Federal ou qualquer braço do governo federal brasileiro” e que contenham dados relativos ao seu escritório de advocacia. Os dados integram o inquérito da Operação Satiagraha, desencadeada pela PF em julho passado, e que levou Dantas à prisão por duas vezes.
A estratégia da defesa de Dantas é alegar que a PF feriu o sigilo de comunicação entre advogados americanos, que seria assegurado por lei nos EUA. Não há notícia de que a carta tenha sido recebida ou respondida por Condoleezza. A voz de Korologos foi interceptada com ordem judicial pela Satiagraha quando ele conversava com a advogada brasileira Danielle Silbergleid Ninio. Eles falavam sobre um suposto pedido de suborno para que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) retirasse processos administrativos contra o grupo financeiro.
Segundo a transcrição feita pela PF, a advogada do Opportunity diz, em junho: “Demos duro na FCC brasileira [Anatel] para encerrar todos os processos administrativos e eles disseram que os retirariam se nós pagássemos algum dinheiro para eles, mas para os processos criminais fica mais difícil”.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

“Degradação institucional” de Mendes

Com base no escarcéu do panfleto da famíglia Civita, outra figura curiosa atraiu os holofotes. O ministro Gilmar Mendes atirou para matar no governo Lula. “Não há mais como descer na escala da degradação institucional. Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do STF é coisa de regime totalitário. É deplorável, ofensivo, indigno”, sentenciou. Seu destempero verbal confirma as sábias palavras do jurista Dalmo Dallari, pouco antes da indicação de Mendes para o STF. “Se for aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. Em curto espaço de tempo, o advogado-geral da União no triste reinado de FHC e indicado por este para o TST já deu mostras das suas “afinidades”. Na sua posse, repleta de tucanos e demos, fez questão de atacar, gratuitamente, os movimentos sociais, em especial o MST. Ele também gosta de se meter na política, extrapolando suas funções de representante-mor do Judiciário. Mas seu gesto mais bombástico, que corrobora as palavras de Dallari, foi conceder dois habeas corpus ao mafioso Daniel Dantas. “Suprimir duas instâncias do Judiciário para soltar um banqueiro, dando-lhe foro privilegiado, não é degradação institucional?”, indaga o jornalista Gilson Caroni.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O grampo da ABIN no gabinete do presidente do STF

Por que a ABIN grampearia Mendes, se por mais que descobrissem algo gravíssimo sobre ele, não seria nada, comparado ao fato de ter sido grampeado o presidente de um dos Três Poderes? Se descobrissem, por exemplo (e não estou insinuando nada), que o ministro é pedófilo, gay e pratica um canibalismo estilo Bokassa, ainda assim ficaria pior o governo por tê-lo grampeado. A revelação da existência do grampo encobriria o conteúdo do que viesse a ser divulgado.
Admitindo-se que o governo grampeasse o ministro apenas para obter informações de seu interesse, sem divulgá-las, vem a seguinte pergunta: Precisaria o governo grampear o presidente do STF para saber o que ele pensa, que apito toca, que camisa veste, se isso está claro, claríssimo, em toda a trajetória de Gilmar Mendes, desde antes de ser ministro do Supremo, quando foi advogado-geral da União no governo FHC e defendeu tudo aquilo que foi praticado no “limite da irresponsabilidade”? O que descobriria de novidade, que não estivesse contido no já famoso artigo do jurista Dalmo Dallari?
Pra finalizar: que diabo de grampo é esse que, ao final, vaza para a Veja um diálogo entre Mendes e Demóstenes Torres, um dos principais senadores oposicionistas (ambos recentemente envolvidos até o pescoço com o caso Daniel Dantas), onde os dois saem na fita de tal modo puros, pios, honestos e angelicais, como se fosse um copy & paste de um diálogo entre o papa e madre Teresa de Calcutá?...
No entanto, como era de se esperar, no dia de hoje nossa mídia corporativa só trata disso, aparentando surpresa e indignação, quando está apenas repetindo o velho esquema: a Veja solta a pretensa bomba, o JN repercute, os jornalões reproduzem no domingo e durante a semana suítam. Depois o assunto vai sumindo para as páginas internas, até cair no esquecimento, cumprindo assim sua motivação essencial, que não é buscar a verdade, nem ao menos esclarecer algo, mas apenas vender jornal, revista e espaço publicitário - aquilo que Ali Kamel chama de “jornalismo independente”.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A imprensa de Dantas

Por sugestao do leitor Alexandre Augusto, segue artigo publicado no Observatório da Imprensa.

Por Luiz Roberto Demarco:

Há quase uma década travo uma disputa jurídica com Daniel Dantas. A iniciativa foi dele, e a vitória foi minha. O modus operandi de Dantas, revelado fartamente pela imprensa brasileira no bojo da Operação Satiagraha, não é novidade para mais de uma dezena de juízes britânicos que, em diversas instâncias, sentenciaram os irmãos Dantas e colaboradores do Opportunity como "mentirosos", "defraudadores", "desacatadores de ordem judicial" etc.
As sentenças são definitivas e inapeláveis. As de última instância estão disponíveis no site do Her Majesty Privy Council (Suprema Corte Britânica) e constituem jurisprudência.
Sou proprietário de empresas de tecnologia de software de internet. Comecei do zero, não tive herança, não tenho dívidas e nunca tive qualquer tipo de financiamento público, ajuda de bancos estatais ou de fundos de pensão. Minhas empresas atendem a mais de 400 clientes em 18 países, sendo que 98% desses clientes, com suas receitas respectivas, são provenientes do setor privado. Não tenho ligação com nenhum partido político, não possuo ONG, nem "Lojinha do PT". Uma de minhas empresas é fornecedora de software de comércio eletrônico, utilizado por inúmeros clientes, avaliado em 2002 também pelo PSDB e pelo PFL, e o sistema é hoje modelo-base da disputa eleitoral americana na internet.
A introdução acima se faz necessária, para entender melhor as motivações da imprensa que opera a serviço dos interesses de Daniel Dantas. Entre um punhado de cunhados cúmplices e um exército de advogados milionários, a imprensa se tornou o principal baluarte de Dantas para operar suas estratégias pouco ortodoxas, visando manipular a opinião pública com o intuito de influenciar os poderes institucionais constituídos.
O trio ACM
A imprensa de Dantas é alicerçada no tripé ACM (Attuch, Chaer, Mainardi). Com seus estilos próprios, esses três jornalistas convergem de forma concatenada para atender aos desejos do banqueiro, há anos.
Leonardo Attuch é do inner circle de Dantas. Vai além de escrever centenas de notas e matérias alinhadas 100% com os interesses e as teses pirotécnicas do banqueiro. Tornou-se uma espécie de lobista junto a jornalistas, ligando para as redações ou colocando palavras na boca de seus entrevistados, como denunciou recentemente um italiano ao revelar suas trocas de e-mails com Attuch.
Em março de 2007, a Folha de S.Paulo noticiou que Daniel Dantas comprara 51% da Editora Três, onde trabalha Attuch. Na ocasião da compra os salários estavam atrasados e os jornalistas estavam em greve. Oficialmente a venda não ocorreu, nem para Dantas nem para outro comprador. Mas, ao que se sabe, desde então as contas da Editora Três estão em dia.
Diogo Mainardi sacrificou sua posição de colunista popular para escrever as teorias de Dantas sobre um inquérito italiano. São inúmeras colunas e podcasts sobre o assunto, enquanto seus próprios leitores o jogavam para o esquecimento na seção de Cartas da Veja. Ele me incluiu entre os seus alvos principais, com uma série de calúnias e difamações baseadas em ilações e insinuações falsas, cujo principal objetivo era ajudar Dantas a tentar se safar do Caso Kroll, do qual sou vítima e assistente da acusação.
Em 28/04/2005, Dantas fez um negócio com a Telecom Itália. Levou 50 milhões de euros a troco de nada. O negócio não saiu e o dinheiro nunca foi devolvido. Nem o principal, nem a comissão milionária paga ao seu amigo Naji Nahas. O assunto atinge em cheio um atual ministro de Estado. Mainardi tenta valer-se politicamente da questão italiana, mas nunca tocou no seu cerne – os 50 milhões de euros pagos a Dantas e sua relação com um ministro do governo que ele ataca.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O modelo educacional de Daniel Dantas

Deu no Blog do Ravoi (por Glauco Faria)

Em meio à apuração da matéria de capa da próxima edição da revista Fórum, há que se destacar um interessante trecho do depoimento de Daniel Dantas dado à CPI dos Correios em setembro de 2005.
Ele afirma que o membro do governo Lula com o qual teve mais encotnros foi o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, para tratar do que ele julgava ser "o maior programa de educação privada patrocinado por algum grupo no Brasil". Dizia Dantas: "Estávamos levando a ele um projeto que fizemos para a Educação, que era um projeto basicamente para tentar aproveitar um pouco da tecnologia gerencial privada e tentar desenvolver práticas de custo mais baixo para que fosse possível educar a um custo menor.
Na verdade, de qualquer jeito, mesmo que haja verbas suficientes para a educação, se for possível gastar menos, é sempre melhor. Temos um instituto de desenvolvimento de práticas onde foi desenvolvido um programa em que basicamente há um pagamento, uma remuneração por cada aluno – aprovado numa prova feita pelo Estado ou por um órgão independente – mas quem ganha é o professor. E o professor ganha por aluno aprovado. Isso criou uma grande motivação; o conteúdo de educação é um conteúdo preparado, um conteúdo de alto conteúdo didático. Você não precisa de proficiência, do ponto de vista dos professores."
Percebam que alguns têm mesmo razão em dizer que Dantas é um "vanguardista". Em 2005, ele já preconizava - e colocava em prática - um projeto educacional que aproveitasse a "tecnologia gerencial privada" onde o professor ganha de acordo com o desempenho do aluno em uma prova externa. Uma proposta típica do mundo financista em que ele se fez.
Mas mal sabia ele que idéia muito semelhante seria adotada pelo governo do estado de São Paulo. A proposta da secretária de Educação Maria Helena Guimarães de Castro é conceder bônus aos professores e funcionários de escola pública de acordo com uma meta estabelecida para cada escola. Os critérios levam em conta o desempenho dos estudantes nas provas e também a quantidade de alunos em cada série com a idade ideal.
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a prática é "inovadora". Mas Daniel Dantas já a aplicava antes. Uma afinidade ideológica admirável.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Denúncias contra o judiciário

DIA 17/05/2007

Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) irá instaurar procedimento administrativo para investigar possíveis casos de negociações de decisões judiciais em diversas esferas do Poder Judiciário. A iniciativa será apresentada hoje, às 15 horas, em entrevista coletiva na sede da Procuradoria da República.
O procedimento foi adotado diante das investigações, em nível nacional, realizadas pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, batizadas como "Furacão" e "Têmis".
Na primeira, constatou-se a atuação de escritórios de advocacia onde trabalhavam parentes de magistrados, que exerciam a função de intermediários na negociação de decisões judiciais relacionadas com a liberação de jogos ilegais. Já na operação "Têmis", surgiram indícios da participação de desembargadores e juizes.
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Pergunta:
Como acabou isso tudo? Ou será que pelo menos começou?

Resultado da 3ª enquete

Como acabará o “caso Daniel Dantas”?

1. Os Jogos Olímpicos vêm ai, o povo acabará esquecendo-se de tudo e Daniel Dantas continuará freqüentando os melhores restaurantes do mundo. - 35%

2. A esta altura é impossível voltar atrás no processo precipitado pela operação que incrimina Daniel Dantas e Cia. - 15%

3. Uma importante parte da imprensa, do Legislativo e da cúpula do Judiciário fará tudo para que esse caso acabe em uma indigesta pizza. Mas o povo não esquecerá o assunto e exigirá a punição dos envolvidos em tamanha rede criminosa. - 50%

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

De Sanctis vai interrogar Daniel Dantas

Deu no blog do Josias de Souzas

De volta das férias, o juiz Fausto Martin de Sanctis marcou para a próxima semana os primeiros depoimentos da Operação Satiagraha.
Daniel Dantas foi intimado a comparecer à 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo na quinta (7).

Antes dele, o juiz De Sanctis vai inquirir Hugo Chicaroni, na terça (5), e Humberto Braz, na quarta (6).

Será a primeira vez que a trinca deporá diante do juiz. Até aqui, só haviam sido interrogados pela Polícia Federal.

Diante do delegado Protógenes Queiroz, hoje afastado das investigações, Daniel Dantas calou. Fará o mesmo defronte do juiz?

As audiências agora agendadas referem-se apenas a um pedaço do inquérito da Operação Satiagraha.

O pedaço que trata da tentativa de suborno de um delegado da PF por R$ 1 milhão. Dinheiro vindo das arcas do Opportunity, acusa a PF.

Neste caso, documentado pela política em áudio e vídeo, o Ministério Público já formulou uma denúncia.

Foi acatada pelo juiz. Por isso Dantas, Chicaroni e Braz figuram no processo na condição de réus.

Foi justamente essa tentativa de suborno que motivou o segundo pedido de prisão de Daniel Dantas.

Decretada por De Sanctis, a detenção seria revogada horas depois pelo presidente do STF, Gilmar Mendes.

Os outros dois acusados são os únicos encrencados na Satiagraha que permanecem na cadeia.

O Ministério Público está decidido a encaminhar à Justiça novas denúncias.

Os procuradores demoram-se em fazê-lo porque aguardam a conclusão da análise da tonelada de papéis e equipamentos eletrônicos apreendidos em 8 de julho.

Enquanto isso, na comarca de Marabá (PA), a juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati determinou, nesta sexta (1), a desocupação das terras paraenses do grupo de Daniel Dantas.

A fazenda encontra-se sob ocupação do MST desde o dia 25 de julho.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Abafa, abafa, abafa!!!

Deu no blog Mundo Progressista:
O noticiário de hoje sobre o caso do Banco Opportunity mais esconde do que revela, mas dá ao cidadão comum, leitor de jornais e revistas, uma idéia de como o Estado brasileiro pode estar contaminado pela corrupção.
Por mais justificativas que ofereça o comando da Polícia Federal, não há como convencer o mais ingênuo dos indivíduos de que os delegados encarregados da Operação Satiagraha foram afastados do caso pelas razões alegadas.
Por mais que se possa discutir o estilo de certas ações policiais, também não há talento capaz de justificar a pressa em alterar a legislação para tornar mais rigorosos os limites da atuação da Polícia Federal e do Ministério Público.
A propósito, ninguém se reuniu em Brasília para discutir o estilo da Polícia Militar, que continua matando inocentes por todo o Brasil.
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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Daniel Dantas para presidente

Muito mais que uma sátira, uma proposta real da revista NovaE. A idéia simboliza um Brasil sem máscaras, tão comum para encobrir fatos, intenções, movimentos sinistros e articulações de bastidores surgidos diante da prisão de admirável figura da nossa República.
Mas por que presidente?
Dantas pode disputar eleição por uma coligação inédita que reúna PT, PSDB, PMDB e DEM, com certeza não faltarão votos na convenção dos partidos. Com a coligação aprovada, também não faltarão estratégias de comunicadores, apoios de diversas áreas da sociedade, principalmente aqueles setores que se acostumaram a não ter seus interesses contrariados, muito menos falta de recursos financeiros, todos eles devidamente declarados.
Dantas eleito, enfim, um Brasil real, sem subterfúgios, diretamente a serviço do interesse de uma minoria, com apoio incontestável do congresso nacional e, principalmente, de ex-presidentes. - Dantas seria, enfim, um presidente que saberia de todas as coisas com um nível de Inside Information nunca antes visto na história da República. Jamais diria "eu não sabia".
Na “Era Dantas”, enfim, executivo, legislativo, judiciário viverão em harmonia, como nunca antes no Brasil, pela razão do país ter um presidente sintonizado como as mais profundas necessidades dos poderes. - Os grandes meios de comunicação, enfim, vão poder aplaudir, uníssono, uma República construída com a “mão invisível” dos mercados.
Com Dantas presidente, enfim, a Polícia Federal vai voltar a cuidar daqueles que nunca deveria ter deixado de lado: os desprovidos de advogados, de acesso à justiça e a harbeas corpus, além de ações na bolsa.
Com Dantas presidente, um novo pacto social vai surgir no horizonte da Pátria, com todos os atores sociais encarando de frente um fato inconteste: Daniel Dantas é o que representa melhor o poder no Brasil e para a grande maioria quem de fato manda no Brasil.
E você? Como você visualiza Dantas presidente? Manifeste-se. Participe deste momento único.

terça-feira, 29 de julho de 2008

"Valentes" do Congresso Nacional se calam diante do caso Daniel Dantas

Deu no Terra Magazine (Por Janio Ferreira Soares)

Sertão baiano, meio dia de um julho cinzento. Encontro-me com João Vaqueiro, 80 anos, e lhe pergunto por que tanta pressa. Puxando da perna e ajeitando o surrado chapéu que lhe confere um ar de Lee Van Cleef desarmado, ele me responde com outra pergunta. Quer saber o que eu achei das últimas prisões feitas pela Polícia Federal. Quando eu me preparo para responder, ele ordena: "escreva alguma coisa!", e segue dando uma gostosa risada, agora lembrando um caubói manco caminhando em direção a estribaria.
São Paulo, madrugada fria do mesmo mês. A Polícia Federal em mais um dos seus midiáticos espetáculos, prende o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. Os dois, apesar de alguma fama, são apenas coadjuvantes de mais esse complicado enredo tupiniquim. Todos os holofotes só querem saber do ator principal, Daniel Dantas, também preso no Rio de Janeiro. Os três, já soltos, claro, são os mais novos alvos dos papos de botequim, que até bem pouco discutiam mensalões, zuleidos e valérios. A fila anda.
Brasília, planalto central, umidade do ar meio mussarela, meio calabresa. Homens de ternos e togas duelam silenciosamente com seus colts carregados de balas de festins. Experientes, eles sabem que nenhum estilhaço pode ameaçar a tranqüilidade do xerife e de seus homens de ouro, que a essa altura viram doses de scoth no meio do saloon, indiferentes a qualquer lei, seja ela seca, molhada ou quiçá úmida. Afinal, eles são as regras e suas vertentes. Talvez se existissem bafômetros para detectar cifrões roubados a conversa fosse outra. Mas, por enquanto, a única preocupação dessa turma é manter quieto o poderoso Dantas, que traz no seu alforje muito mais que dólares furados.
O banqueiro baiano já insinuou que se contar o que sabe derruba de Collor pra cá sem disparar um único tiro. Essa sua tranqüilidade me faz lembrar um xará seu chamado Daniel Boone, que nos anos 70 fazia o maior sucesso na TV.
Boone, com seu impecável chapéu de pele de castor, morava num lindo vale da região do Kentucky com sua esposa Rebecca, seus filhos e mais o índio Mingo. Ele sim, era um mocinho de verdade que botava pra quebrar em cima dos bandidos que ameaçavam a lei e a ordem do lugar.
Você deve estar se perguntando o que os dois têm em comum. Tenho pra mim que é uma certa machadinha. Quem conhece o seriado lembra que, na abertura, Boone a arremessava em direção a uma árvore, rachando-a ao meio. Exatamente como Dantas ameaça fazer com a República.
É por isso que a maioria dos parlamentares, tucanos à frente, está completamente quieta. Onde estão os valentões que ameaçavam CPIs por qualquer tapioca recheada ou caseiro violado? Escaldados, eles sabem muito bem o poder de corte dessa poderosa machadinha. Arremessada com destreza ela pode cortar, além de árvores, velhas cabeças coroadas que se equilibram sobre pegajosos pescoços há séculos e que sempre balançam, balançam, mas nunca caem.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O banqueiro por trás da República

Retirado do blog Mundo Progressista:
Soteropolitano de nascença, Daniel Valente Dantas intercala inglês e português nas ligações interceptadas pela Polícia Federal sob autorização judicial. "Não, foi isso que o mister Confort foi...foi falar com... falou com mister Cardoso. Aí, o que que acontece, então ajudou no fundo a persuadir o governo a simular o private equit no Brasil". De família tradicional baiana, foi colocado em contato com investidores estrangeiros por meio de seu mestre, Mário Henrique Simonsen, por cinco anos ministro da Fazenda da ditadura militar. Sem nunca ocupar cargos públicos, conviveu nas colunas sociais e se beneficiou dos bastidores dos governos Fernando Collor e Fernando Henrique. Tentou – ao custo de R$ 158 milhões, espionagem e manipulação da mídia – manter suas benesses ou pelo menos a impunidade durante o governo Lula. Até agora, mesmo com o trabalho corajoso e "descontrolado" da Polícia Federal, parece que vai conseguir. A seguir, um resumo dos quase 20 anos da carreira do banqueiro e fazendeiro brasileiro que melhor representa a ligação das elites nacionais com o capital estrangeiro, o Estado brasileiro e a mídia tupiniquim.
Dantas formou-se em engenharia civil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas fez pós-graduação em economia pela Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ), onde foi aluno de Simonsen. Este também integrou a diretoria do Citibank – que por anos foi o principal detentor de títulos da dívida externa brasileira – antes de formar seu próprio banco: o Bozano,Simonsen. O ex-ministro apresentou-lhe a um conterrâneo seu, Antonio Carlos Magalhães, como "o melhor economista que ele conhecia e seu melhor aluno".
Do relacionamento com ACM, veio o primeiro convite a ocupar cargo público. "Procurei ver se levava para a Bahia o Sr. Daniel Dantas, por intermédio do Sr. Mário Henrique, para ser presidente do Banco do Estado. Não consegui. Ele já estava entrosado em negócios particulares", disse ACM, em discurso no Senado.
Também por ACM, teria a oportunidade de recusar seu segundo convite. O senador baiano apresentou-o ao então presidente eleito Fernando Collor. O Jornal Nacional, na época, informou que Dantas havia sido convidado para o Ministério da Fazenda. O banqueiro teria recusado o convite. O economista Carlos Eduardo Carvalho, que participou da primeira campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, atribui a Dantas a idéia de confiscar a poupança da população brasileira. Em sua auto-biografia, Collor admite ter discutido a idéia em uma reunião com Dantas e André Lara Resende – que participaria da elaboração do Plano Cruzado e Real. Mas Dantas teria se colocado contra. De qualquer forma, ele foi dos poucos privilegiados que retirou seus investimentos do mercado financeiro dias antes do confisco e aplicou em outros bens.
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Privatizações da era FHC deram fôlego à promiscuidade entre público e privado

Retirado do blog Mundo Progressista:

A operação Satiagraha da Polícia Federal explicita algumas características que estruturaram a fundação da sociedade brasileira: a promiscuidade entre agentes públicos e privados e o ranço patrimonialista que permanece vigente nas relações políticas e econômicas. Essa é a avaliação de especialistas consultados pela reportagem.
A afirmação dos analistas tem como base o livre trânsito do banqueiro Daniel Valente Dantas em boa parte das esferas de poder da República e a facilidade com que concretiza negócios em seu favor, com a conivência do poder central, quando não com o seu apoio irrestrito.
Se a sociedade brasileira foi fundada com esses preceitos, as privatizações iniciadas no período do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) praticamente legalizaram as ações para fins privados dentro do setor público. Os mandatos FHC também foram responsáveis por alavancar Dantas à condição de um dos homens mais poderosos do Brasil.

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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Peixinhos e tubarões (por Frei Betto)

Publicado no Correio da Cidadania:

Angélica Aparecida de Souza Teodoro, 18 anos, mãe de um filho de dois anos, estudou apenas o 1º. grau. Trabalha como empregada doméstica, mas encontrava-se desempregada, ao ser presa, em novembro, dentro de um mercadinho do Jardim dos Ipês, na capital paulista, acusada de roubar uma lata de manteiga da marca Aviação, de 200 gramas, no valor de R$ 3,10. Levada para o 59º Distrito Policial, conhecido como Cadeião de Pinheiros, recebeu voz de prisão do delegado Marco Aurélio Bolzoni.

Por subtrair mercadoria no valor de R$ 3,10, Angélica passou na prisão o Natal, o Ano-Novo e o Carnaval, pois o Tribunal de Justiça de São Paulo, ao analisar o pedido de defesa da doméstica, o indeferiu. Angélica foi solta dia 23 de março, mais de quatro meses depois, graças à liminar do ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

O Brasil e sua Justiça parecem postos de cabeça para baixo. Há uma inversão total de valores e critérios. Artigo completo AQUI.

Senador Heráclito Fortes pede prisão de Protógenes

Deu no site Congresso em Foco:

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) pediu hoje (22) a prisão do delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha afastado das investigações desde a semana passada.
O pedido de prisão foi feito por meio de duas representações, uma na própria PF e outra junto ao Ministério da Justiça. O advogado de Heráclito, Décio Lins e Silva, alega que é criminosa a divulgação, por Protógenes, de trechos das investigações em que o nome do senador é citado. A intenção das representações, além da punição ao delegado, é impedir novos vazamentos de informações sigilosas. De acordo com os documentos ajuizados pela defesa, o vazamento constitui “violação de sigilo funcional” – o que, segundo o artigo 325 do Código Penal, pode resultar em pena de seis meses a seis anos de cadeia.
Em grampos autorizados pela Justiça, interlocutores do grupo de Dantas citam Heráclito como um senador que ajudava a atuação do Opportunity. Contudo, o senador não se intimidou e tem manifestado a intenção de processar Protógenes por cada um dos crimes que teriam cometidos pelo delegado contra ele. Para Heráclito, o delegado tentou humilhá-lo, coagi-lo e difamá-lo, além de prejudicar a imagem de um homem público “pautado pela ética e disciplina".
Segundo informações da assessoria de Heráclito, seu advogado está em São Paulo para obter cópia do inquérito em curso na PF, a fim de deixar o senador a par das investigações. O acesso aos autos do inquérito foi propiciado a Heráclito por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, atendendo a pedido do próprio senador.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Pedido de impeachment do presidente do STF é arquivado

Deu no Mundo Progressista:

Vários meios de comunicaçao acabam de noticiar que o presidente do Senado, Garibaldi Alves, mandou arquivar o pedido de impeachment contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. A denúncia foi feita pela CUT do Distrito Federal e acusava Mendes de cometer crime de responsabilidade ao conceder habeas corpus ao empresário Daniel Dantas.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Manifestantes em São Paulo pedem impeachment de Gilmar Mendes

Agência Brasil

São Paulo - Manifestantes fizeram na manhã de hoje (19), em São Paulo, um protesto pedindo o impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Além do protesto, eles assinaram um manifesto que pretendem encaminhar ao Senado Federal pedindo a saída do presidente do STF.

NOVA ENQUETE

Votem na nova enquete do blog "Apoiamos o juiz federal Fausto De Sanctis". (A enquete está na coluna da direita)

Dantas dá as cartas

Deu no Terra Magazine (por Wálter Maierovitch):

Com o delegado Protógenes Queiroz afastado, Daniel Dantas ganhou a terceira cartada. As duas anteriores foram os habeas-corpus liberatórios.
Agora, Dantas joga em duas frentes. Precisa afastar o juiz Fausto De Sanctis e, para isso, já argüiu no processo criminal o seu impedimento por falta de imparcialidade. Se o juiz recusar a exceção de suspeição, caberá ao Tribunal Regional Federal apreciar essa matéria.
A outra cartada já foi dada. Ao apreciar o pedido do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) de acesso às apurações (habeas-datas), o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou-o investigado.
Como Heráclito é investigado, haverá, em breve, avocação dos inquéritos e do processo criminal ao STF, pois o senador tem foro privilegiado. Aí, De Sanctis estará definitivamente afastado.
Para arrematar, a força-tarefa instituída para apurações, com grande número de envolvidos, poderá se transformar em fonte permanente de vazamentos.
PANO RÁPIDO
. Dantas continua com o jogo na mão. E a dar as cartas
.

Daniel Dantas e o Brasil

Trechos do artigo publicado na Carta Capital (por Mino Carta):
A máxima do príncipe de Salina, “muda-se alguma coisa para não mudar coisa alguma”, no Brasil tem uma versão peculiar: “Deixa como está para ver como fica”. A primeira é vincada pelo cinismo e pela certeza na afirmação perene da lei do mais forte. A verde-amarela contém na receita uma larga pitada de medo. Sabemos o que, entre nós, significa amarelar.
(...)
Muitos graúdos nativos estão com medo neste exato instante, basta um mínimo de interesse para senti-lo. Esperam que tudo fique como está, que o amarelo se sobreponha ao verde, e isto vale sobretudo para quem conhece o significado das cores. CartaCapital faz sua aposta na linha contrária, e reforça a idéia de que alea jacta est, os dados estão na mesa. A esta altura, é impossível voltar atrás no processo precipitado pela operação que incrimina Daniel Dantas e Cia.
(...)
Permito-me dizer, de saída, que, no entendimento de CartaCapital, o juiz De Sanctis e o delegado Protógenes são atípicos e galgam corajosamente a poeira da rua principal. Se o relatório já conhecido de autoria do delegado, capaz de embasar as primeiras decisões do juiz, não tem a necessária substância na parte que diz respeito aos envolvimentos da mídia, em compensação é mais do que suficiente para exibir a profundidade do mal, a gravidade da situação, as responsabilidades compartilhadas pelos donos do poder.
(...)
CartaCapital insiste: estamos só no começo. Nada impede que a máxima do príncipe de Salina vingue como sempre. O homem não é um bicho confiável. Mas antes, acreditamos, virá um vendaval.

sábado, 19 de julho de 2008

Resultado da enquete nº 2

Você acha que a decisão de Gilmar Mendes que determinou o encaminhamento da decisão do juiz De Sanctis, atacada no HC n° 95.009/SP, para o CNJ, ao Conselho da Justiça Federal e à Corregedoria Geral da Justiça Federal da 3ª Região é correta?

Sim. O juiz De Sanctis está afrontando o STF e merece ser punido. - 27 votos (2%)

Não. Nada pode interferir na livre formação da convicção do juiz, no direito de decidir segundo sua consciência, pena de solaparem-se as próprias bases do estado de direito. - 866 votos (88%)

Indiferente. Tenho certeza que os citados órgãos apoiarão o juiz desmoralizando a decisão do presidente do STF. - 88 votos (8%)

Resultado da enquete nº 1

Você acha que o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, agiu corretamente determinando a libertação de Daniel Dantas por duas vezes?

Sim. O ministro apenas cumpriu a lei. – 23 votos (2%)

Não. É um absurdo que uma possível participação em tentativa de suborno de Autoridade Policial não sirva de fundamento para o decreto de prisão provisória. – 863 votos (97%)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Manifestações Brasil afora (ATUALIZADA)

Vamos recordar as manifestações convocadas? Todas acontecerão dia 19 de julho (sábado), às 10hs. Aqui vai:

1 - no Rio (Candelária);

2- em São Paulo (Masp);

3- em Belo Horizonte (Praça da Liberdade);

4- em Porto Alegre (Monumento do Expedicionário);

5- em Curitiba (Boca Maldita);
6- em Blumenau (escadaria da Catedral, rua XV de novembro);
7- em Goiânia (calçadão do Parque Areião, situado na Av. Edmundo Pinheiro de Abreu, em frente à PF); e
8- em Recife (Rua do Lima, Santo Amaro, em frente à TV Jornal do Comércio).
PRESENÇA MASSIVA!!!
Por favor, mandem fotos (UMA por pessoa) das manifestaçoes, ok? Abçs.
Correio eletrônico: observatoriodajustica@gmail.com

Tá terminando...

Atençao, faltam apenas algumas horas para terminar a enquete aqui do lado. VOTEM!!!

A pergunta continua sem resposta

QUEM TEM MEDO DE DANIEL DANTAS?

Charge Jornal da Metrópole


Caso Daniel Dantas para crianças

Juiz De Sanctis critica mudanças na lei e diz que PF pode virar polícia de "faz-de-conta"

Deu na Folha e no blog Os amigos do presidente:
Abatido e com os olhos marejados, o juiz federal Fausto Martin De Sanctis, que mandou duas vezes o banqueiro Daniel Dantas para a prisão, afirmou ontem que não vai se intimidar diante de eventuais ameaças ou tentativas de desacreditar o seu trabalho.
"Estou exaurido", disse em tom de desabafo. O juiz revelou que entrará em férias por 15 dias na próxima segunda-feira. Segundo ele, já estavam programadas "há muito tempo".De Sanctis tem sido criticado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, e por advogados criminalistas. O ministro, que determinou a soltura imediata de Dantas, enviou cópia da decisão do juiz a órgãos que investigam magistrados.
Ao mesmo tempo, defensores do banqueiro pediram formalmente ao próprio juiz que se afaste do caso."Não sei o que está por trás de tudo isso. As pessoas parecem que não querem que eu tome decisões. Não sei o porquê. O importante é que vou continuar. A minha decisão pode estar certa ou errada, mas é a convicção de um juiz independente", disse De Sanctis.Questionado sobre eventuais ameaças, disse que isso "não é o que mais importa". "O que importa é que eu não deixo de agir por medo. Se um juiz é passível de ameaças? É. Mas essas ameaças não podem tolher o exercício da função", afirmou.
Sobre eventual pedido de proteção policial, repetiu: "Isso não importa" -o juiz se encontrou ontem com o superintendente da PF em São Paulo, Leandro Coimbra, que disse ter tratado de outro assunto.Durante a entrevista concedida ontem na sala de audiência da 6ª Vara Criminal de São Paulo, De Sanctis se mostrou nervoso. Reclamou dos repetidos flashs com uma fotógrafa. Pelo menos por quatro vezes teve lapsos de memória enquanto falava. Ressaltou que não falaria do caso específico, mas de forma genérica.
Insistiu ainda para que suas declarações não fossem deturpadas.Somente quando começou a discorrer sobre legislação criminal é que De Sanctis pareceu recobrar a tranqüilidade, que o acompanhou até o final da entrevista. Criticou duas novas leis que, segundo ele, irão "inviabilizar a investigação criminal no Brasil"."Que interesse está por trás disso? Quem não quer que a Polícia Federal trabalhe? Se for assim, vamos fechar as portas da PF. Não dá para ter um órgão de faz-de-conta", afirmou.Quando declarou isso, o juiz tratava especificamente das leis recentemente aprovadas no Congresso, a 11.689 e a 11.690, ambas de 2008, que modificam o Código de Processo Penal.
Ele afirmou não estar se referindo ao caso do banqueiro Daniel Dantas nem ao afastamento do delegado Protógenes Queiroz da investigação."Por favor, que isso fique bem claro, eu não quero falar do caso concreto."Polícia FederalDe Sanctis evitou comentar a saída de Protógenes. Afirmou que isso é uma questão interna da Polícia Federal e que só espera que o novo delegado tenha o espírito investigativo.
Sobre o pedido de afastamento formulado pelo advogado de Dantas, afirmou que analisará isso depois dos 15 dias de férias. "Esse é um instrumento legal. Vejo com serenidade. Já sofri isso em outros processos, como no caso do banco Santos e do MSI-Corinthians. Em nenhum momento os pedidos foram acatados pelo tribunal."

Daniel Dantas e os dribles da vaca

Deu no Terra Magazine, por Wálter Maierovitch

Enquanto a opinião pública debate sobre a edição da fita, Dantas, com Protógenes já com substitutos escalados, dá passos largos na tentativa de afastar o juiz Fausto De Sanctis do processo.
Com a argüição da suspeição já protocolada, prevista na lei processual penal, quer Dantas demonstrar ter De Sanctis, por pronunciamentos, despachos e decisões, perdido a isenção necessária para, com imparcialidade, julgar o processo.
Pano Rápido e Olho Vivo. Com o foco desviado e os nomes dos substitutos de Protógenos já anunciados, Dantas espera sucesso nas duas novas frentes, ou seja, afastar o juiz e manter a blindagem dos dados.
A reclamação por descumprimento de decisões do Supremo Tribunal é remédio previsto no seu Regimento Interno. Já foi apresentada por Dantas e não se sabe, ainda, se o ministro Gilmar, no plantão vai apreciá-la, ou encaminhar à ministra Gracie, afinal, quem pariu deverá embalar.

Daniel Dantas: atos de um drama

Deu no Terra Magazine, por Bob Fernandes:
Em 13 de novembro de 2007, um diálogo de contornos hitchcockianos entre Daniel Dantas e a diretora jurídica do Opportunity, Danielle Ninio.
Quem acompanha de perto as refregas judiciais do banqueiro com o Citibank, identifica um debate sobre as minúcias do processo. Instruções. Malícias. Certamente não passariam de estratégias banais de defesa se não emergisse o nome do ex-prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, seqüestrado e morto na noite de 18 de janeiro de 2002, em São Paulo.
O inquérito da Polícia Civil não identificou raízes políticas no assassinato. Mas Dantas pretende "incruar" seu processo judicial com temperos político-partidários, dramatizando a morte de Celso Daniel. Cabe a ele um papel: o de vítima, ou próxima vítima, de uma orquestração do governo do PT.
Dantas quer a "dramatização do evento". Para tanto, vale recorrer a um "relatório da Kroll". Em suas palavras teatrais, constrói-se um "drama dropping". Nas entrelinhas, a elevação da temperatura e das denúncias criminais contra o PT o favoreceriam em sua defesa. De investigado a vítima de um complô que incluiria Celso Daniel. Ao primeiro trecho do diálogo.
Terra Magazine preservou o português e os negritos postos pela Polícia Federal na transcrição.

Daniel Dantas: Alô...

Danielle: Oi, bom dia...

Daniel Dantas: Bom dia... essa é do pretinho?

Danielle: Oi... é no pretinho... tô no pretinho... só te ligo no pretinho...

Daniel Dantas: Tá, deixa eu te falar o seguinte, eu queria que você desse uma olhada no relatório da KROLL tá?

Danielle: Tá...

Daniel Dantas: E olhasse pontos que... porque eu quero in... incruar esse assunto da KROLL dentro da... do processo, entendeu?

Danielle: Uhum...

Daniel Dantas: Então eu queria que você procurasse pontos tipo... por exemplo... no relatório da KROLL fala que a Telefônica Itália pagou ao prefeito de SANTO ANDRÉ tá...
Danielle: Uhum...
Daniel Dantas: E o prefeito de SANTO ANDRÉ foi morto...
Danielle: Uhum...
Daniel Dantas: Então... eu quero... eu quero suspender o tamanho do drama... tá...
Danielle: Uhum...
Daniel Dantas: E... então eu queria elementos ali uns quinze elementos do relatório da KROLL... que vocês achassem que valia a pena eu falar sobre... tá?
Danielle: Mas no foco de retalhação ou di... di... di aberrações?
Daniel Dantas: Não, no foco de dramatização do evento tá...
Danielle: Entendi... entendi...
Daniel Dantas: No foco de dramatização... tá...
Danielle: Tá
Daniel Dantas: É só... é só drama dropping (fazendo drama-inglês)...
Danielle: Uhum...
Daniel Dantas: Huum... tirando da KROLL tá...
Danielle: Tá...

A estratégia era derrubar Lula

Deu no Terra Magazine, por Bob Fernandes:
O que estava, sempre esteve por trás dos movimentos de Daniel Dantas e os seus. O que, quem, era seu alvo.
A Daniel Dantas, segundo seu próprio roteiro, cabe um papel: o de vítima.
Vítima de uma orquestração do governo, e de Lula, e é essa, será, a estratégia nos processos que enfrenta. Nos Estados Unidos, na Itália. E no Brasil.

O que Daniel Dantas não sabia, e agora Terra Magazine revela, é que seu alvo, Lula, sabia.
Em Maio de 2003, cinco meses depois de iniciado seu governo, o presidente Lula chamou o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e ordenou:
- Esse negócio de Opportunity, esse Daniel Dantas, você cuida desse problema pra mim?
Lula, a um amigo, perguntou:
-Como é que pode um cara com um porcento controlar um negócio de bilhões, mandar nos fundos de pensão?
O presidente recordava-se de um único encontro com o banqueiro, e da impressão que dele guardou:
-É um escroque.
Ministro-chefe da Casa Civil, Dirceu teria, pelo menos, dois encontros com Daniel Dantas.
Isso antes de deixar o governo. Depois...
O primeiro, dias depois da determinação de Lula, na primeira quinzena de Maio daquele 2003. O segundo, pouco depois.
O próprio Dantas relatou os encontros na CPI dos Correios e à justiça de Nova York.
Informou, nas ocasiões, ter sido avisado por Dirceu que os fundos de pensão estavam interessados em tomar dele, Dantas, o controle da Brasil Telecom.
Segundo Dantas, José Dirceu teria dito ainda que quem resolveria o assunto seria Cássio Casseb, então presidente do Banco do Brasil - e um dos principais espionados no caso Kroll.
Dantas revelou à CPI ter havido uma segunda conversa com Dirceu, para reportar ao ministro o encontro com Casseb. As palavras ditas foram:
- Expliquei para ele (Dirceu) o que tinha acontecido (na reunião com Casseb) e ele (Dirceu) me disse que o governo não tinha que tomar partido nessa disputa e que se porventura eu detectasse que o governo estava intervindo a favor de outro que eu teria liberdade de lhe comunicar.
José Dirceu, à época, contou a pelo menos dois interlocutores, em uma conversa em seu gabinete, que o governo "não prejudicaria nem beneficiaria" Daniel Dantas, apenas "seguiria a lei".
Lula seria informado dos fatos três anos e cinco meses depois daquela determinação a seu ministro. Na terça feira, 24 de outubro de 2006.
A cinco dias do segundo turno e de sua reeleição para a presidência da República, Lula foi informado.
Não em toda a inteireza, mas de maneira superficial, o presidente da República saberia da dimensão, da grandeza do que se movia.
A menos de 120 horas de sua reeleição, Lula começava a conhecer ao menos os contornos do que contra ele se movia há meses.
Movia-se, quase sempre, realimentado pelos ecos.
Uns, inocentes. Outros, pautados.
Lula entendeu, enfim, o que se movia já há meses, há mais de um ano para ser exato. Entendeu em toda a dimensão, todo o barulho, e decidiu:
-...bem, o que tiver que ser, será. E, por mais quer tentem, não conseguirão me atingir... E quem tiver que ser preso, será.
Lula, 10h da manhã de um dia em março de 2007, sala reservada no aeroporto de Congonhas, São Paulo:
-... não, não sei como anda investigação, nem quero saber, mas se tiver que prender, vai prender qualquer um...
Interlocutor:
- Mas, presidente, e se isso chegar no governo, na sua gente?
Lula:
- A mim não interessa em quem vai chegar. Se chegar, se provas existirem, e não fofocas, se a justiça mandar, vai ser preso. Qualquer um vai ser preso, não importa quem.
Interlocutor:
- Presidente, vão tentar interromper a investigação...
Lula:
- Se os crimes existem, e não sei como esta nem se está a investigação, não é assunto meu, eles serão presos...
O presidente Lula soube ali apenas de ligeiros contornos da operação que Dantas e os seus chamavam entre si de "Estratégia presidencial".
A estratégia era, foi desde sempre, ajudar a bombardear Lula, derrubá-lo se possível, impedir sua reeleição se tanto não se conseguisse.
Lula soube então, da estreita vinculação entre os movimentos dos estrategistas e importante porção do que ecoava para atingi-lo.
Quem nele mirava para salvar-se, agora, depois de curta temporada interrompida pelo Supremo, experimenta a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.
Aguarde-se o contra-ataque.

Gravação expõe fratura na PF

Terra Magazine revela gravaçao de conversa entre Protógenes e Paulo de Tarso (diretor de Combate a Crimes Financeiros da PF):
Protógenes reclama da falta de pessoal para auxiliá-lo. Lembra que só tem 3 agentes, analistas, para varrerem mais de 120 gigabytes de dados apreendidos na operação. Quarenta gigabytes per capita.
Um dia depois de ter mergulhado numa das mais profundas investigações da história, a cúpula da Polícia disponibiliza apenas três agentes para garimpar provas, muitas delas para logo, em meio a tonelada de papel.
Paulo de Tarso também reclama. Logo no começo, diz que a reunião que seria realizada em Brasília para discutir a Satiagraha fora cancelada. "Ele mesmo mandou suspender. Então, não precisa vir não", diz a Protógenes. "Ele" é Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da PF. O DG.
O clima piora. Protógenes questiona sobre o inquérito disciplinar que estaria em fase de abertura, contra ele, pelos vazamentos da Operação. Paulo de Tarso inclui outro Tarso na história, o Genro:
- O ministro da Justiça já encaminhou requerimento solicitando informações da Polícia Federal, porque ele foi questionado. Sobre aquela filmagem. Então, o seguinte. O DG adiantou que essa situação aí vai ser apurada.
A filmagem a que Paulo se refere é a exclusiva tomada da TV Globo na prisão do ex-prefeito Celso Pitta. Flagrado de pijama, abrindo a porta de sua residência.
O delegado retruca. Garante que não está preocupado com a questão. Já tem um "grande volume de dados" para criar um novo inquérito, só sobre vazamentos. Vazamentos de dentro da própria PF, esclarece.
- Eu apenas... já tenho um grande volume que tá sendo informado ao Ministério Público e ao juiz diuturnamente.

Ouça AQUI.

Senador faz manobra para tirar juiz De Sanctis das investigações

Deu no blog Os amigos do presidente e no blog do Josias de Souza:
Citado em trechos do inquérito da Operação Satiagraha da Polícia Federal, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) pediu e conseguiu ter acesso a cópias do processo que tramita na Justiça Federal de São Paulo. Socorrendo-se do noticiário, os advogados realçaram que, além de mencionar trechos de grampos em que o nome de Heráclito é citado, o inquérito insinua a vinculação do senador com a “quadrilha” sob investigação.
Ontem, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, atendeu ao pedido dos advogados do parlamentar e permitiu a ele o acesso aos autos. Gilmar afirma que Heráclito é referido “expressamente” no inquérito como “um dos possíveis envolvidos nos fatos investigados.” Daí o direito do senador de ter acesso aos autos.
Na decisão, o ministro do STF afirma que todos os investigados devem ter acesso ao inquérito. Essa condição do senador fará toda a diferença nos próximos passos do processo. Isso porque se durante a análise dos autos os advogados do parlamentar entenderem que Heráclito consta como investigado, poderão solicitar que o processo passe a tramitar no STF e não mais na Justiça de primeira instância. O blog (do Josias de Souza) ouviu, nesta quinta (17), dois ministros do Supremo. Ambos levantaram uma suspeita. Desconfiam que a PF, em combinação com o Ministério Público, esteja retardando a comunicação ao procurador-geral para evitar que o caso migre da primeira instância do Judiciário para o STF.

Há no tribunal jurisprudência segundo a qual todos os suspeitos de investigações que envolvam parlamentares devem ser processados, por conexão, no STF. Os pedidos dos senadores tem uma justificatica: Dessa forma, o juiz Fausto de Sanctis, que mandou prender Dantas duas vezes, deixaria de ser o responsável pelas investigações.
Na ação, a defesa de Heráclito critica a Polícia Federal e afirma que o vazamento de partes do inquérito, que deveria ser mantido em segredo de Justiça, impõe a análise de aspectos jurídicos para, se for caso, responsabilizar as autoridades envolvidas na divulgação do nome do parlamentar.
Em defesa do senador e da senadora licenciada Kátia Abreu (TO), também citada no inquérito, o DEM divulgou uma nota oficial. No texto, o presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirma que a inclusão dos parlamentares nos trechos vazados foi um ato indevido e calunioso.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

ENQUETES

Pessoal, faltam poucas horas para as enquetes que estao ao lado finalizarem. VOTEM!!!

Cacciola almoça cardápio da diretoria do presídio

Deu no Estadao.com:
RIO - O ex-banqueiro Salvatore Cacciola está em uma sala administrativa no presídio Ary Franco, na zona norte do Rio, onde aguarda a transferência para Bangu 8. Ele almoçou a mesma comida da diretoria do presídio e não a servida aos demais detentos. A refeição dos prisioneiros era arroz, feijão, purê e lingüiça. O cardápio da diretoria e de Cacciola não foi divulgado.
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Que meigo, né?

A reunião que decidiu a saída de Protógenes

Deu no blog do Noblat:
Lula pediu hoje ao ministro Tarso Genro (da Justiça) que divulgasse a gravação da reunião da PF onde foi decidido o afastamento do delegado Protógenes Queiroz do comando da Operação Satiagraha para provar que o governo não tinha nada a ver com a saída de Protógenes.
Das mais de 3 horas de reunião, apenas
03 minutos e 41 segundos acabaram liberados para a imprensa. Segundo a PF, por se tratar de temas sigilosos o restante da reunião será mantido em segredo.
Os trechos divulgados não mostram Protógenes pedindo afastamento do caso, como alegam o governo e a PF. Ele chega a discutir a possibilidade de repassar a investigação a outro delegado caso não cumprisse o prazo de terminar os trabalhos até sexta.
Ouçam:
Parte 1: AQUI
Parte 2: AQUI
Parte 3: AQUI

Charge do Sinfrônio


O racha na PF

A coluna do Bob Fernandes de hoje (no Terra Magazine) está imperdível. Coloco aqui alguns trechos:
Segunda-feira, 7 de julho. Véspera da Satiagraha.
Reunião. Queiroz, acompanhado por três dos seus. Paulo Tarso e Daiello querem acesso à decisão do juiz Fausto De Sanctis. Protógenes nega.
Argumento. Se houver vazamento, alguém naquela sala terá que ser responsabilizado, e preso.
O superintendente Daiello e o delegado Paulo Tarso insistem. Querem uma cópia da decisão judicial.

Protógenes se recusa. Argumenta com o sigilo, diz que poderá dar ciência de alguns dados uma hora antes do início da operação, não antes.
O delegado tem na memória tudo que cercou os 4 anos de investigações, primeiro na operação Chacal, depois em seus desdobramentos até a Satiagraha, ainda que nela só tenha embarcado há um ano.

Protógenes Queiroz e os seus sabem, até porque tinham Daniel Dantas et caterva sob escuta telefônica e telemática, da capacidade do banqueiro de se infiltrar.
Protógenes Queiroz, o delegado que coordenou a execução da Satiagraha, não pode deixar o prédio da PF. Desceu para a entrevista coletiva, às quatro da tarde, e só.

Só às duas da madrugada do dia 9 o delegado pode deixar a PF.

Protógenes Queiroz passou quase tanto tempo na sede da PF quanto o homem a quem prendeu, Daniel Dantas.
Mais uma ordem. O diretor geral, Luiz Fernando Corrêa, o queria em Brasília, para explicações, no dia seguinte. Até o meio-dia. E mais.

Ele seria submetido a duas punições. Uma, disciplinar, em Brasília, e outra, um inquérito para apurar incidentes durante a Satiagraha, em São Paulo.
Day after. A Operação é um sucesso de público e mídia. Paulo Tarso comunica: o diretor cancelou a ida a Brasília.
Protógenes Queiroz, que preside o inquérito, não pretende abrir tudo, passo a passo, documento a documento, salvo na hora legalmente devida. Teme vazamentos.

Mas tergiversa, e pergunta sobre como enfrentar as duas punições anunciadas. É tranqüilizado.

É informado que a bronca em São Paulo não irá adiante.
Gilmar Mendes, o Supremo, manda soltar Dantas. Não sem razões jurídicas, dizem muitos; dos que são e dos que não são do ramo.

Razões em seu favor à parte, Gilmar Mendes parece não se dar conta do rumo dos ventos; quiçá o isolamento, os palácios em Brasília. Desfila todo seu supremo poder. Açula, sem o perceber, a mídia e a massa.
Polícia Federal. A crise ferve em fogo brando.

A mídia se divide, e em largas porções se distrai; nada é por acaso. É desatada a caça ao erros, caça mais voraz, pertinaz, do que à essência, à imensa, gigantesca gatunagem.

Para quem nunca quis, é preciso desintegrar o delegado, primeiro passo para paralisar o processo. A receita é antiga.

Fim de semana. Prossegue o bombardeio midiático, a caça aos erros, o desconhecimento, o desprezo pelo que possa estar em mais de 6 mil e 400 páginas do inquérito-mãe.
Estimados 120 gigabytes em informações apreendidos há mais de uma semana continuam intocados, à espera de uma equipe de analistas e peritos que não chega.
O rastilho está aceso.

Quarta-feira, 16 de julho...

O presidente Lula cobra a volta de Protógenes, mas faz críticas ao delegado.

O presidente, entendem muitos dos que participam da Satiagraha, talvez não conheça todos os detalhes da secretíssima e explosiva operação.

Quinta-feira, 17 de julho...

Qual será o próximo capítulo?

A Polícia Federal vive perturbadores capítulos na sua dilacerante batalha interna.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Maierovitch: Lula joga para a torcida ao defender delegado

Do "Terra Magazine", por Wálter Maierovitch
O presidente Lula, por diversas vezes, já mostrou que não rema contra a maré. Como diria um jovem, não quer queimar o filme. Rápido no gatilho, Lula percebeu que a maioria dos eleitores confia e aplaude o trabalho do delegado Protógenes Queiroz.
Hoje, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, defronte a Tribuna Livre, os acadêmicos distribuíram adesivos: "Fora Gilmar. Dantas na Cadeia".
Depois da reunião de ontem, que culminou na queda do delegado Protógenes, Lula fez de conta de que não sabia de nada. Agora, solicita para o ministro Tarso Genro tentar reconduzir o delegado à presidência dos dois inquéritos policiais que prometeu instaurar.
Pano Rápido: quem sai queimado é Tarso Genro. E se não conseguir a volta de Protógenes, fica como grande culpado: e bem ele que quer ser o sucessor de Lula.
Por outro lado, Protógenes fica prestigiado e o diretor-geral, que coincidentemente entrou em férias ontem, perde força, pois ele pressionou para a saída do delegado. O delegado-geral não perdoa Protógenes por não ter sido informado da Operação Satiagraha. A moeda de troca, para a saída apresentada a Protógenes, foi a de não haver rigor no procedimento apuratório sobre excessos e abusos. A propósito, o próprio Lula, em entrevistas, concluiu ter ocorrido excesso na publicidade e indevido uso de algemas.
A primeira apuração, ou melhor, o inquérito policial, acabou de servir de base para o oferecimento de denúncia, pelo ministério Público, por crime de corrupção ativa. Dantas é co-autor.
O juiz da 6ª Vara Criminal Federal (De Sanctis) já recebeu a denúncia (peça inicial acusatória) e, com essa decisão, já existe processo criminal contra Daniel Dantas. O recebimento da denúncia, pela lei, interrompe a prescrição, ou seja, tudo zerado.
Vamos ver se não pinta no STF um habeas-corpus para trancar a ação penal por falta de justa causa com relação a Daniel Dantas.
Só para lembrar, uma impetração de habeas-corpus contra o ato do juiz que recebeu a denúncia de Dantas será sempre da competência do Tribunal Regional Federal. Jamais poderá ser aforado diretamente no do Supremo Tribunal Federal. Se for, não será conhecido.
A regra acima, de competência estabelecida na Constituição Federal, costuma não valer em recesso forense, quando o ministro Gilmar Mendes ocupa a presidência. Foi assim, nos dois habeas-corpus liberatórios de Dantas.
Em outras e com relação ao princípio do juiz natural (pré-estabelecido para processar e julgar), ele foi suspenso ou esquecido pelo ministro Gilmar Mendes.

Soneto ao abafamento da operação Satiagraha

Por Rogério Marcos:
Aprende, delegado, o estranho ofício
Do cão treinado a não encontrar,
De veneno de veneno separar, e apontar
Apenas do menos letal o indício.

Ah, policial, cuidado ao latir!
Deves indicar o mal menos nocivo
e guardar, federal, teu distintivo
Diante de um mais alto pedegree.

Lembra, policial, da sua coleira
E procede desta estranha maneira:
Investiga, mas não traz tudo ao claro.

Segue do delito a suja trilha,
Mas detem-te às portas de Brasília.
Escolhe bem aonde por teu faro!

Lula e Protógenes

Deu no blog do Noblat:
O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos desembarcou em Brasília hoje, perto do meio-dia, e desde então assessorou Lula no caso do afastamento do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, responsável pela prisão do banqueiro Daniel Dantas.
A conselho de Thomaz Bastos, Lula determinou a Tarso Genro, ministro da Justiça, que mantenha Queiroz à frente das investigações que complicaram a vida de Dantas, do especulador Naji Nahas, do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, e sabe-se lá mais de quem.
O que disse Lula, mais cedo, no Palácio do Planalto, durante a assinatura do aumento de salário dos professores:
- Já falei com o ministro Tarso Genro (Justiça) que esse delegado tem que ficar no caso. Ele não pode, depois de fazer investigação quase quatro anos, depois de apurar, na hora de finalizar o relatório, o cidadão falar "vou embora fazer meu curso" e deixar o trabalho pra outro. E ainda dar vazão para insinuações de que ele foi tirado. Moralmente esse delegado tem que ficar no caso até o final. A não ser que ele não queria e venha a público dizer que não quer. Esse é um processo sério. As pessoas foram pra televisão. É preciso ter responsabilidade. Vender insinuações para a sociedade é que não é correto.
- Quem contou essa mentira de que eles foram pressionados eu espero que amanhã ou depois de amanhã desmintam.

CPI convoca Dantas, Protógenes e De Sanctis

Deu no Oglobo.com:
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas, conhecida como CPI dos Grampos, aprovou nesta manhã a convocação do banqueiro Daniel Dantas, do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que era o responsável pela Operação Satiagraha, e do juiz da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, Fausto de Sanctis, que autorizou a prisão dos investigados.

No entanto, um acordo entre oposição e governo garantiu que dois dos principais nomes políticos citados pela Operação Satiagraha - o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh e o ex-ministro Luiz Gushiken, ambos do PT - não serão convocados para depor na CPI dos Grampos da Câmara. A votação de requerimentos marcada para terça-feira foi adiada para esta quarta.

Charge do Sinfrônio

Fonte: Diário do Nordeste

Dois pesos, duas medidas...

Retirado do blog MUNDO PROGRESSISTA:

Vejam para quem é feita a cadeia nesse país.

Deu no jornal O Povo (por Eliomar de Lima):

Jéfferson Hermínio Moreira (18 anos), indiciado por tentativa de roubo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, continua preso na Casa de Custódia de Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza). Mesmo sendo réu primário, não teve a mesma sorte do banqueiro Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, sob acusação de esquema de lavagem de dinheiro.Dantas teve direito a ser posto em liberdade por duas vezes por decisão de Gilmar Mendes.
Jéfferson tem advogado, mas a lentidão da Justiça no caso atrapalha. Ele está completando, nesta quarta-feira, 17 dias de prisão. Jéfferson tentou roubar, no último dia 29, o cordão de ouro do presidente do STF, Gilmar Mendes, em pleno calçadão da avenida Beira Mar. Acabou dominado por seguranças à paisana do ministro.Na ocasião, ele foi levado para o 2º Distrito Policial, depois transferido para a Delegacia de apoio ao Turista e, em seguida, levado para a Delegacia de Capturas. Agora, está na Casa de Custódia de Caucaia.
No inquérito, feito pela Delegacia de Apoio ao Turista e já entregue à justiça, o rapaz está sendo acusado de roubo qualificado, pois estaria com um comparsa, que não foi preso nem identificado. Advogados consultados dizem que uma pessoa só deve esperar julgamento na prisão quando sua liberdade representa uma ameaça à ordem pública, quando pode ocultar provas ou ameaça fugir.

Música em homenagem ao momento


Mixwit

Fique atento com De Sanctis

Deu no Estadao:
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que, a mando do banqueiro Daniel Dantas e de seu grupo, o juiz federal Fausto Martin De Sanctis foi monitorado durante o mês de maio e se cogitou, também, pagar propina ao magistrado - isso antes da oferta feita, em junho, de US$ 1 milhão ao delegado federal Vitor Hugo Rodrigues Alves Ferreira.
O dinheiro serviria para excluir Dantas, sua irmã Verônica e seu filho do inquérito que levou à deflagração da Operação Satiagraha.O Grupo Opportunity informou ontem que não vai se manifestar sobre dados da investigação. O Estado procurou o advogado de Dantas e dos diretores do grupo, Nélio Machado, e foi informado de que ele estava em reunião em São Paulo.
Segundo relatório do delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, quem explica a desistência de se oferecer o dinheiro a De Sanctis é a diretora jurídica do Opportunity, Danielle Silbergleid Ninnio. Às 19h21 do dia 21 de maio, ela conversou com um interlocutor ainda não identificado pela PF e disse que o juiz "tem todos os defeitos, com exceção de ser corrupto".O delegado diz no relatório que "Danielle teria sondado, através de terceiros, a atuação do juiz federal sobre possibilidade de lhe ser oferecida propina".
Danielle diz ter recebido um conselho: "Que a gente ficasse muito atento", porque De Sanctis "tinha todos os defeitos, menos o de ser corrupto". E conclui: "É um f. da p. de primeira".

Piadinha de bom gosto

Alguém tem contato com o pessoal do "Movimento CANSEI!"?

Pois podem convidá-los para que também participem das manifestaçoes, ok?

Lula se reune com Gilmar Mendes

Nota divulgada pelo juiz Fausto De Sanctis

Fausto Martin De Sanctis divulgou, na noite desta segunda-feira (14), uma nota de agradecimento às manifestaçoes de apoio:

Necessito externar meu profundo agradecimento a todos que neste momento delicado solidarizaram-se comigo.
Ao longo de minha carreira na magistratura federal, desde 17.10.1991, deparei-me sempre com situações que demandaram reflexões reiteradas. Na verdade, em se tratando de crimes financeiros, pode-se mesmo falar em casos artesanais, que demandam horas, dias e muito estudo.
Antes do papel do juiz, há o ser humano, que, como tal, é passível de erros diante do dedicado e delicado exercício intelectual e físico na busca da melhor solução e da verdade, tomando as cautelas para desembaraçar-me de quaisquer influências sem pretender desacatar qualquer autoridade deste país.
Em todas as situações, sempre tive a necessidade de me valer dos meus princípios, da minha crença e dos valores consagrados pela nossa sociedade, os quais se encontram insertos na Constituição e nas leis infraconstitucionais.
Os brasileiros podem se certificar que este magistrado, aliás, como a imensa maioria da magistratura, toma suas decisões, independentemente da origem, cor, sexo, idade, religião e condição social, com igual presteza, aplicando o direito penal do fato, jamais do autor.
Tenham certeza que continuarei perseguindo minha atividade jurisdicional porquanto abracei a carreira pública por convicção, sendo certo que minha ambição se restringe aos limites dos meus vencimentos líquidos. Nada mais espero.
O apoio dos colegas, do Ministério Público (Federal e Estadual), da Polícia Federal, de várias associações de classe, de advogados e juristas, da sociedade civil e da imprensa, na verdade, busca defender a independência e a livre convicção do exercício de toda a magistratura, preservando-se, em última análise, uma sociedade livre e soberana.

A saída de Protógenes

Comentário do Luiz Nassif:
Não conheço os detalhes ainda do afastamento do delegado Protógenes do inquérito Daniel Dantas. Mas, dependendo de que for sucedê-lo, não considero ruim a troca. Estrategicamente, pode ser um grande lance – repito, dependendo de quem for sucedê-lo.

O delegado cumpriu seu papel ao apresentar o relatório. Depois disso, tornou-se alvo. Criticaram seu suposto estilo “messiânico”, o fato de ter cometido alguns erros de interpretação de operações financeiras ou mesmo jornalísticas.

No final, o que importa são as provas colhidas. Mas cada parágrafo mal escrito do inquérito estava sendo utilizado para desqualificar seu trabalho. Assim como em corrida de revezamento, era hora de passar o bastão a um outro.

Repito, não sei quem é o sucessor. Se for alguém do grupo de Protógenes, terá sido mais um grande lance estratégico. Se não for, é pizza. Por isso mesmo, é bom saber quem será o sucessor, antes de se decepcionar.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Um momento, deixa ver se eu entendo.

Artigo publicado no blog MUNDO PROGRESSISTA:

Um momento, deixa ver se eu entendo.

Os fatos são os seguintes: A Polícia Federal faz uma operação acompanhada de perto pela justiça federal e pelo ministério público. As escutas telefônicas (legais) desvendam uma série de crimes, tentam comprar por 1 milhão de dólares (com direito a gravação para provar tudo) um delegado, um dos homens mais ricos e sinistros do Brasil tem a prisão temporária pedida e aceita por um juiz federal.

Poxa, nem parece o Brasil de pouco tempo atrás!!!

Mas ai vem um ministro do STF (onde o principal acusado diz ter “facilidades”) e, em tempo recorde, manda soltar o acusado (em que pese à tentativa de suborno). Além disso, esse mesmo ministro se revolta com a algema que enfeitou por uns minutos o pulso de um dos homens mais ricos e sinistros do Brasil.

Mais uma prisão depois, e mais uma soltura depois, o povo se revolta, criam blogs para mostrar seu inconformismo, convocam manifestações, juízes, delegados e procuradores se manifestam, o ministro da justiça diz que a polícia federal agiu corretamente, o presidente da República diz que a única maneira de não ser “importunado” pela PF é andar na linha, políticos dos mais diversos partidos se desesperam, jornalistas já não são vistos como eternos mocinhos, etc., etc...

As coisas começam a ficar interessantes e, apesar da ajudinha do STF, esse cara pode, finalmente, receber o que merece e arrastar algumas dezenas de pessoas que merecem tanto quanto ele.

O povo indignado, o ministro da justiça defendendo a PF, o presidente da República defendo o natural funcionamento do Estado de Direito, os juízes e procuradores atentos e vigilantes, tudo começa, definitivamente, a ficar bem interessante.

Mas, de repente, eis que o ministro da justiça e o presidente da “República” parecem mudar de opinião. Talvez a polícia tenha se excedido, talvez a algema colocada em um dos homens mais ricos e sinistros do Brasil tenha sido feita para um favelado, sei lá, não pegou bem.

As notícias são que o delegado que presidiu o inquérito foi afastado e o presidente da “República” receberá o ministro do STF para discutir eventuais reformas das instituições (leia-se, Polícia Federal)!!!

Peraí, quer dizer que quando a PF prende um ricaço sinistro, com um saco de provas de crimes e mais crimes nas costas, o que necessita ser feito é MUDANÇA NAS INSTITUIÇÕES???

O presidente Lula erra duas vezes.

Erra a primeira vez ao trair os milhões de brasileiros que estavam aplaudindo uma PF mais independente e republicana.
E erra a segunda vez ao tentar salvar a elite patrimonialista e corrupta de sempre que ele, Lula, com esse ato demonstra estar ávido por fazer parte.

Lula parece não querer acreditar no óbvio, essa mesma elite odeia Lula, essa elite que Lula se esforça para agradar nunca aceitará o nordestino, torneiro mecânico como um deles. Na primeira oportunidade essa elite rifará Lula sem dó nem piedade.

Será que Lula já esqueceu o episódio do debate com Collor? Esqueceu do apoio explícito da maior parte dessa elite ao tucano Alckmin? Esqueceu das ligações nunca esclarecidas de um delegado da PF com a elite midiática no caso da compra do dossiê contra Serra? Esqueceu dos ataques diuturnos da VEJA, da Folha, do Estado, da Miriam Leitão, etc?

Ou será que na verdade, o que Lula mais quer é esquecer do seu passado e fazer parte dessa elite de uma vez por todas?

É, o Brasil começa a voltar a parecer o Brasil de sempre.

Um momento, as manifestações ainda estão de pé, né? Bem, ainda resta esperança...

Protógenes Queiroz, delegado que prendeu Dantas, é afastado

Deu no Terra Magazine (por Bob Fernandes):

O delegado Protógenes Queiroz, que conduziu a Operação Satiagraha, foi afastado do caso. Do outro lado, na batalha que dividiu a PF, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, pediu férias. O súbito afastamento de ambos é apenas mais um capítulo na luta encarniçada que dividiu a Polícia. O delegado geral desconhecia a essência da operação secreta e, segundo o entendimento dos que participaram da Satiagraha, Corrêa teria trabalhado contra.
A razão formal para o afastamento de Queiróz é um curso na Academia de Polícia. Curso este iniciado em março. Segundo a assessoria de comunicação social da PF, o delegado pediu que daqui a um mês, quando encerrado o curso, ele não retorne à investigação.
Resta saber se, mais grave, o delegado Queiróz deixará também a presidência do inquérito que montou palmo a palmo, passo a passo, e que conhece como ninguém.

Manifestação dia 18/07 (10hs) em Brasília

Acabei de receber o seguinte e-mail:

Nos manifestamos pelo IMPEDIMENTO DO PRESIDENTE DO STF, GILMAR MENDES!

É HORA DE IRMOS ÀS RUAS!

ATO EM FRENTE AO STF NESTA SEXTA 18/07, A PARTIR DAS 10h

Assinam esta convocatória:
União Nacional dos Estudantes no DF
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas no DF
Centro Acadêmico de Ciência Política da UnB
Centro Acadêmico de História da UnB

Dantas, PF, Judiciário, mídia e políticos

Deu no blog Vi o Mundo (Azenha):
Seria muito interessante se ao ímpeto investigativo da Polícia Federal e do Ministério Público se juntassem o Congresso e a mídia brasileira.
Sou refratário àqueles que, por motivos pessoais, pretendem considerar o banqueiro Daniel Dantas a encarnação do mal. Porém, não vejo como jogar luz sobre as relações dele com políticos, empresários, juízes e jornalistas poderia fazer mal ao Brasil. Poderia até fazer bem.
O debate sobre se Gilmar Mendes acertou ou errou me parece secundário. O fato é que Daniel Dantas obteve, em questão de horas, um benefício a que 99,99% dos brasileiros não teriam direito. É revelador do caráter elitista do Estado brasileiro. É revelador de como nossa democracia é, na verdade, um simulacro de democracia.
O presidente da República, de origem humilde, reclama do uso de algemas - ou pelo menos é o que nos quer fazer crer a mídia brasileira, ao relatar o encontro dele com assessores. Não consta que Lula tenha feito reclamação semelhante em outra circunstância.
Em qualquer outro país sério do mundo um empresário acusado de tentar comprar uma alta autoridade federal estaria preso. Não faltam provas de que isso tenha acontecido. A PF apreendeu o dinheiro. O delegado confirma. Há gravações telefônicas.
O fato concreto é que a elite brasileira jamais vai aceitar ver as suas maracutaias expostas em rede nacional de televisão. E o papel de Daniel Dantas, de acordo com a PF, era o de conceder "isenção" de impostos através de depósitos em paraísos fiscais.
Qual foi a reação do Congresso brasileiro até agora? Todo mundo calado. Só o senador Pedro Simon se levantou para defender a Polícia Federal.
A atuação da mídia corporativa brasileira vai no sentido de tentar atirar o escândalo integralmente no colo do governo Lula. E isso só é possível por dois motivos: um, porque de fato há gente ligada a Daniel Dantas no governo Lula; dois, porque esta é uma forma de comprar silêncio.
Fiquem de olho no possível coro dos que vão cobrar o vazamento de informações do inquérito - que é a única forma de manter o assunto na mídia.

Gravações revelam tentativa de suborno feita por "emissários" de Daniel Dantas



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E mesmo depois disso o sr. Gilmar Mendes teve a coragem de dizer que o pedido de prisão provisória era abusivo???
SÁBADO TODOS JUNTOS NAS MANIFESTAÇÕES BRASIL AFORA!!!

As conversas de Greenhalgh

Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado do PT e “consultor” contratado por Daniel Dantas, em conversa telefónica com Gilberto Carvalho:

“Tem um delegado chamado Protógenes Queiroz, que parece que é um cara meio descontrolado, viu?”.

Em tempo: Para eles “descontrolado = honesto”.

No STF ele resolve

Gravação feita pela polícia federal no momento em que “assessores” de Daniel Dantas tentavam corromper um delegado:

“- Ele (Daniel Dantas) se preocupa com hoje (com o juiz De Sanctis). Lá para cima, o que vai acontecer lá. Ele não está nem aí. Porque ele resolve. STF e STJ - afirmou Chicarone, acrescentando que Dantas 'tem um trânsito político ferrado'".