sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fausto De Sanctis avisa que vai tomar providências contra os que tentaram atingir sua honra

O juiz Fausto De Sanctis voltou a falar, sem dar nomes, que vai aguardar o fim das investigações sobre grampos para tomar as "providências necessárias", inclusive na Justiça, "contra os que tentaram atingir" a sua honra.
A desembargadora Suzana Camargo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, arrastou Sanctis para o meio do furacão ao dizer que ouvira dele que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, estava sendo monitorado.
Em entrevista à revista Época, o juiz De Sanctis disse que foi pressionado pela desembargadora Suzana Camargo para voltar atrás no pedido de prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas, nos dias que se seguiram à deflagração da operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Advogado de Daniel Dantas quer destruir relatórios da Polícia Federal

Deu na Folha de S. Paulo:
O advogado do banqueiro Daniel Dantas em Nova York, Philip Korologos, enviou uma carta à secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, para pedir “qualquer ajuda que o Departamento de Estado possa oferecer” para tentar “destruir todos os relatórios existentes, arquivos ou outros documentos criados pela Polícia Federal ou qualquer braço do governo federal brasileiro” e que contenham dados relativos ao seu escritório de advocacia. Os dados integram o inquérito da Operação Satiagraha, desencadeada pela PF em julho passado, e que levou Dantas à prisão por duas vezes.
A estratégia da defesa de Dantas é alegar que a PF feriu o sigilo de comunicação entre advogados americanos, que seria assegurado por lei nos EUA. Não há notícia de que a carta tenha sido recebida ou respondida por Condoleezza. A voz de Korologos foi interceptada com ordem judicial pela Satiagraha quando ele conversava com a advogada brasileira Danielle Silbergleid Ninio. Eles falavam sobre um suposto pedido de suborno para que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) retirasse processos administrativos contra o grupo financeiro.
Segundo a transcrição feita pela PF, a advogada do Opportunity diz, em junho: “Demos duro na FCC brasileira [Anatel] para encerrar todos os processos administrativos e eles disseram que os retirariam se nós pagássemos algum dinheiro para eles, mas para os processos criminais fica mais difícil”.