sábado, 12 de julho de 2008

VEJA tenta desmoralizar inquérito da polícia federal

A edição da revista VEJA de amanhã (13/07/08) traz reportagem que tenta desmoralizar o inquérito da polícia federal (delegado Protógenes) que investiga as ações criminosas de Daniel Dantas. Abaixo alguns trechos da reportagem:
“A atuação e o inquérito do delegado Protógenes, que abriga contrabandos de Lacerda contra seus desafetos, só não podem ser classificados como típicos de um estado policial, porque os estados policiais costumam ser mais competentes. Em determinados momentos, ele parece um aluno de faculdade de sociologia tentando impressionar o mestre esquerdista com frases de efeito. Para justificar a renovação da autorização dos grampos telefônicos, Protógenes recorre a uma frase do destrambelhado lingüista americano Noam Chomsky: “A mídia é um veículo independente, comprometido com a verdade e imparcial, certo? Errado!“. Ao ritmo de uma revolução por parágrafo, cita, ainda, o suíço Jean Ziegler, autor do livro A Suíça Lava Mais Branco: “Se prevalecem grandemente da deficiência dos dirigentes da sociedade capitalista contemporânea. A globalização de mercados financeiros debilita o estado de direito, sua soberania e sua capacidade de agir“. Ele também acha que Freud não explica: “Comparar a gigantesca organização criminosa comandada por D. Dantas com a de N. Nahas seria um ‘paradigma ingênuo’ ou aplicar a simetria das condutas criminosas estaríamos diante de um método freudiano primitivo e ridículo“. Não tente entender. Não tem sentido.”
“Os espasmos ideológicos do inquérito da Polícia Federal são particularmente violentos nas partes dedicadas à “mídia” – expressão preferida pelos inimigos da liberdade de expressão quando se referem à imprensa. O delegado Protógenes chegou a pedir a prisão da repórter Andréa Michael, do jornal Folha de S.Paulo, porque ela noticiara, em abril, a existência de uma operação em curso para prender Daniel Dantas. De acordo com o delegado, que a ela se refere como “travestida de correspondente na cidade de Brasília”, isso teria dificultado a ação policial. Problema seu, doutor Protógenes, se a PF foi incompetente para manter o segredo da operação. O que não pode, numa democracia, é punir o mensageiro porque ele fez o seu trabalho.”

3 comentários:

Anônimo disse...

A Veja e seus maus jornalistas sempre fazem o possível para mascarar a verdade e desmerecer atitudes corretas.
É e sempre terá esta postura dirty.

Abração

Vil Imundo disse...

O problema é que a Veja está na berlinda e, como não pode se defender com fatos, o faz com argumentos capciosos e mentiras. Disso ela entende...

Anônimo disse...

A "reportagem", que na verdade é um manifesto
institucional da revista, posto que parece não ter
sido assinada por nenhum "repórter", tenta
claramente impingir à investigação um tom
patético, até meio "pastelão", na evidente intenção
de desqualificá-la.
Creio que a imprensa - não vou chamar de "mídia" -
NÃO é o foro adequado para aferir a
materialidade criminosa colhida na peça produzida,
mas o Judiciário, que sabe ir ao largo das questões
de fulcro ideológico ou mesmo do estilo "literário"
de quem a produz, para pinçar o
que realmente interessa: O CRIME. A verdade
inconteste da MATERIALIDADE dos inúmeros delitos
praticados e que merecem a devida resposta
jurisdicional. As aleivosias, os rancores
subliminares, a críitica maliciosa e o deboche, na
verdade colocam o texto jornalístico sob suspeita
de tentar mascarar a VERDADE, ao desviar o
foco da questão principal: O DESVIO de BILHÕES de
reais. Ao tentar reduzir a investigação a uma
disputa interna na PF, virou fofoca social, intriga.


MARCELO BAETA MIRANDA
mbaetam@uol.com.br